Buscar a felicidade o tempo todo
pode causar sérios desapontamentos. Para Freud, a felicidade é uma meta
inatingível na vida do homem devido não só aos limites impostos pela cultura, mas,
sobretudo, por àqueles estabelecidos por nossa própria constituição psíquica.
Freud disse ainda que A felicidade é um problema individual.
Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.
No entanto, esta avalanche de
“profissionais” que tentam nos fazer acreditar que o caminho para a felicidade
é o sucesso e o meio para alcançar o sucesso é a motivação e que a motivação se
alcança a partir de uma listinha básica, generalizada... vai nos distanciando,
cada vez mais, de nossas escolhas.
Questões básicas nos comprovam que
ninguém pode nos conhecer a ponto de indicar-nos caminhos melhores para nós
mesmos. Primeiro porque nossa constituição psíquica conta com “segredos” que
inconscientemente influencia na tomada de nossas decisões; depois, podemos
analisar ainda que cada momento representa uma felicidade diferente e, para um,
o que traz felicidade, para outro pode trazer insatisfação.
Um exemplo claro: alcançar um
emprego em que é possível estar diante de centenas de pessoas e falar para uma
plateia pode ser a maior felicidade de uma pessoa; sendo que para outra, estar
num escritório, lidando apenas com papéis, números, relatórios e planilhas é o
ápice da felicidade. Qual dos dois obtém sucesso e são felizes? Ora, os dois! A
motivação é diferente. Os desejos diferentes os levam à felicidades diferentes.
Conhecer a si mesmo, conhecer suas
próprias motivações e compreender que as motivações são diferentes, são ações
que podem indicar os caminhos para não sofrer tanto buscando a felicidade a
todo tempo, pois é exatamente esta busca que nos distancia dela e nos fazem
crer que os outros são mais felizes do que nós, só porque são diferentes – este
sentimento pode nos deixar tristes.
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