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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Você está onde pensa?

Você já observou onde está quando está tomando seu banho? E quando está fazendo suas refeições? Você está realmente ao lado da pessoa que dividi o espaço com você? Está preparado para dormir quando se deita?

Compreendendo Lacan quando diz “Onde penso não estou” podemos avaliar nosso nível de relação com nós mesmos. Existem correntes que comprovam que o poder do pensamento e emoções consegue modificar a estrutura da água. Imagine então o que esse poder pode fazer conosco.

Algumas pessoas buscam renovar energias no Mar, outras nos Rios... No entanto, podemos buscar dentro de nós mesmos, por meio do equilíbrio: sentimento-fala-ação: você age de acordo com sua fala? Elas estão de acordo com suas vontades? Use o seu banho para cuidar de suas energias.

O mesmo faça nas suas refeições. Sinta o cheiro, o gosto... Sentir-se saciado com as delícias da culinária contribui para a felicidade. Se conseguirmos o equilíbrio em nossas vidas, conseguiremos ficar verdadeiramente ao lado de alguém. Caso contrário, não conseguiremos identificar as melhores cartas que a vida embaralha pra gente jogar.

E assim, começamos compreender por que muitas vezes não conseguimos ficar ao lado das pessoas, mesmo daquelas que amamos. Nesta linha, todas as escolhas do dia é que determinarão nossa noite de sono. Dormiremos rápido e bem se o dia for belo e tranqüilo.

Olha aí nossa responsabilidade: para Freud “Cada um coloca a moldura na paisagem que vê”. Se vivermos cada segundo no local em que estivermos, conseguiremos enxergar a beleza de tudo que nos cerca e não seremos tão influenciados por desejos inconscientes que na maioria das vezes nem nós mesmos entendemos.

Marli Cordeiro de Andrade
Psicanalista – Psicopedagoga
Cnp-Espo nº 0705-59

domingo, 20 de junho de 2010

Afinal, quem é cego?

Estamos vivendo na Era da “Cegueira por desatenção”. Nosso cérebro até tenta, constantemente, construir narrativas significativas daquilo que vemos. No entanto, aquilo que não se encaixa muito bem no roteiro do nosso contexto atual ou têm pouca importância, são eliminadas de nossa consciência. Passamos enxergar o que queremos ou o que nos aproxima dos demais.

Embora muitos acreditam que os olhos funcionam como câmeras, estudos mostram que nossa capacidade de apreender informações visuais é bastante limitada. Enxergar custa-nos caro. Um exemplo disto se vê no filme “Ensaio sobre a cegueira” alguns comentam que é apenas um filme de cegos como se não fosse uma história sobre nós mesmos; que temos dificuldade em enxergar o que está tão claro, diante de nossos olhos. Então não somos cegos?

Freud em O mal estar na civilização, nos lembra que “não é possível a nós, nos colocarmos em lugar de outrem, pois isto implicaria levar conosco toda a nossa experiência e subjetividade para tal lugar”. Como acredito que os olhos são as janelas da alma precisamos estar atentos às essências de tudo que vemos. A atual superabundância de imagens nos confundi e, numa visão pessimista, nos conduz à cegueira e assim uma impressão de vazio de alma, pois tendemos a escolher aquilo que os outros escolhem.

A sugestão é nunca decidir pelo que vê antes de analisar os fatos. Jamais julgar o outro sem ouvi-lo, afinal, normalmente agimos de acordo com a nossa sobrevivência e por fim, muita cautela, pois em terra de cego quem tem olho sofre mais.

Marli Cordeiro de Andrade
Psicanalista - Psicopedagoga

Artigo publicado em Março/2010 na Revista Sou mais Minas.Net

sábado, 5 de junho de 2010

1º Circuito Palestras Método PFD - Preparação Foco e Determinação

DATA: 12 de junho de 2010
Hora: 08:00
Local: Instituto Educacional "Manuel Luiz Pego" Pitágoras

MARKETING PESSOAL
FINANÇAS PESSOAIS
LIDERANÇA
COMO CHEGAR AO SUCESSO PROFISSIONAL

Contato: marlicapelinha@hotmail.com (33)9106.5729

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O comportamento nosso de todo dia

Creio que para compreendermos o melhor caminho para “ o comportamento nosso de todo dia” precisamos aceitar a nossa necessidade de aprender a aprender. E para tal, reforço a tese de Charlot quando disse “(...) nascer é ingressar em um mundo onde se é obrigado a aprender todo dia.”, e de Freud quando afirmou: “(...) aprendemos por amor a alguém”. Estes são processos que dariam uma excelente discussão, no entanto, apenas os citei, para ilustrar que não se pode negar a importância do processo de construção da aprendizagem no ser humano, uma vez que nascemos completamente dependentes.

Precisamos de relações duradouras com membros de outras gerações por um longo tempo para aprendermos viver (e conviver em sociedade). O fato é que, infelizmente, nesta nova etapa da história, o comportamento vem sendo compreendido de uma forma extremamente egoísta, em que o individualismo e o amor por si mesmo é o que vale como princípio ético. As relações interpessoais são vistas como investimentos e possibilidades de consumo. As “relações duradouras” e a “aprendizagem por amor a alguém” se mostram descartadas. Amar a si mesmo sem um sentimento individualista na compreensão que a vida é um processo de aprendizagem, e, por princípio, dependente, nos possibilita crer que devemos nos tornar independentes o quanto antes, no entanto, devemos lembrar-nos de nossas origens. A auto-estima que desconsidera seu processo de aprendizagem e acredita que tê-la seja amar a si próprio e a mais nada no mundo não traz felicidade. A felicidade vem com o equilíbrio, com a confiança no processo de construção.

Nossa auto-estima depende exclusivamente de nossas escolhas, de nosso entendimento de mundo, como escrevemos as páginas de nossa história, do que aprendemos em nosso dia a dia... “Aprender a aprender” – consiste em aceitar que a vida é um processo de construção em que, de tempo em tempo, devemos parar e analisar como a enxergamos. Victor Hugo compreendeu e nos ajuda nesta análise: “... não há árvores más, nem homens maus. Há maus cultivadores”.

E você, já parou para analisar seu comportamento, suas escolhas, sobre o que tem feito com o que aprende a cada segundo de sua vida? Esse é o primeiro passo para o autoconhecimento e consequente felicidade.

Marli Cordeiro de Andrade
Psicanalista – Psicopedagoga
Cnp-Espo nº 0705-59

artigo publicado na Revista Sou mais minas.net - outubro 2009

Vídeo sobre Política (conheço alguns do congresso a que este vídeo não se aplica)