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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

“Tudo o que somos hoje, nasceu daquele silêncio de ontem” Kahlil Gibran

Aprendi, ainda nas cadeiras da faculdade, com minha adorável professora de Literatura, que uma bela história, uma linda poesia e/ou uma frase com o poder de remeter-nos a uma viagem interna, jamais deve ser “interpretada”, e sim, “vivida”.

Assim como aprendi com meu autor preferido: Rubem Alves, que uma obra jamais deve ser “resumida – resumir é excluir algo que não seja tão importante” – e, Kahlil Gibran é todo importante, aliás, essencialmente importante numa vida que ama viver.

Mas, como descrever toda a maravilhosa e perfeita obra de arte: “Cartas de Amor do Profeta” se torna humanamente impossível, resta-me, então, indicar a leitura. E, para aguçar a vontade, no texto dessa semana, ouso comentar a frase: “Tudo que somos hoje, nasceu daquele silencio de ontem” – não interpretando, mas vivendo essa beleza.

É claro e evidente que cada um “viverá” esta frase de acordo com a realidade que está passando. E, para compreender melhor essa colocação, uso também as afirmações de Gibran: “A experiência é a vida com asas” e “A realidade de nossa relação, é a presença da realidade que gira à nossa volta”. Assim, vamos vivendo: sendo influenciados pela realidade à nossa volta. Mas, se conseguirmos ser realmente livres, poderemos ter asas renovadas como as da experiente águia que se renova após doloroso processo de ESCOLHA (ela, aos 35 anos de idade, já com as unhas grandes sem poder agarrar a presa, com o bico curvado sem poder comer, com asas pesadas devido as penas grandes impedindo-a de voar, se depara com duas opções: morrer ou passar por um processo de renovação. Decidida, ela escolhe a montanha mais alta que encontrar e num período de cinco meses, começa o processo: bate com o bico na rocha até que ele caia, e ao nascer outro, arranca as unhas e com as que nascerem, arranca as penas de suas asas, e logo que nascem novas penas, pode viver mais 35 anos aproximadamente com as novas e belas asas após escolher viver).

Estas histórias deixam claro o quanto é importante a decisão em nossa vida. E, principalmente, o quanto é importante “pensar”, “estar em silêncio”, “se encontrar para decidir”, “se preparar para as conseqüências de cada decisão”, “levar em consideração que o ontem, é fundamental para o amanhã e que o hoje, precisa ser vivido com toda a sua beleza”.

Por isso, insisto:
Nunca decida por influência das “opiniões de massa”.
Seja VOCÊ mesmo!
Busque o alinhamento: “sentimento – fala – ação”.
Leia as “Cartas de Amor do Profeta” de Kahlil Gibran, elas tem o poder de nos mostrar o que é AMAR e, segundo o próprio Kahlil: “O homem revela sua alma quando ama” – e quando amamos, quer seja à nos mesmos, nossa alma fica mas leve, e mais leves, somos capazes de entender que o hoje nasceu daquele silêncio de ontem – ou do barulhão que fazemos na hora das decisões.

Pronto!
Não interpretei, nem resumi, apenas indiquei – estou com a consciência tranqüila – risos.

Marli Cordeiro de Andrade
Psicopedagoga – Psicanalista
CNP – ESPO nº 0705-59
texto publicado na Revista Sou+Minas.Net

Um comentário:

  1. Excelente texto Marli!
    Dessa vez vou ler as Cartas do Gibran.
    Isso tá soando na minha cabeça já faz algum tempo!
    Parabéns!
    Um beijão!

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