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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Você vive o tempo de Chronos ou Kairós?

O tempo de Chronos é finito, ele acaba. Sabemos que nascemos e que morremos. Mas o tempo de Kairós é todo o intervalo entre o nascer e o morrer. Podemos definir que Kairós seja o tempo de Deus e Chronos o tempo do homem. E assim, compreendemos que o tempo do homem é um tempo linear, regido pela lógica da produtividade, do check list, ele passa independente de vivermos felizes. Mas o tempo de Kairós é a arte de entender a qualidade do tempo. O tempo certo de cada coisa, a cara de cada tempo. Tempo de ter tempo. Para cada ser o tempo tem uma cor, um cheiro, uma beleza diferente.

O tempo é igual para o relógio, mas para cada um de nós, será de acordo com nosso olhar, de acordo com as escolhas a cada segundo. Creio que a questão não seja quantos Chronos temos e sim quantos Kairós fazemos com os Chronos que temos.

Uma das grandes desvantagens de nossa vida é que vivemos atrás de mais tempo, sempre com pressa, muitas vezes dedicando nosso tempo mais aos que nos fizeram mal, do que aos que nos fazem bem. No Novo Testamento, Kairós é definido como “Oportunidade”. Melhor definição para compreensão de que a vida não pode ser medida pela extensão de Chronos, mas pelos eventos enriquecedores que nos são oportunizados. Kairós torna nossa vida mais marcante, útil, um tempo extraído de nosso interior.

Um relacionamento baseado no tempo de Kairós é duradouro, marcante, com momentos inesquecíveis que deixa aquela vontade de repeti-los. Um relacionamento baseado no tempo de Chronos remete às obrigações do dia a dia. Precisamos compreender que a qualidade de nosso tempo vivido a cada segundo é que determina o que vem pela frente nessa nossa brevíssima passagem nesse universo.

Procure viver no tempo de Kairós, dentro de sua essência, fazendo aquele que te rodeia feliz e, sendo assim, mais feliz a cada oportunidade.

Marli Cordeiro de Andrade
Psicanalista - Psicopedagoga


Artigo publicado na Revista Sou mais Minas.Net em Abril de 2010

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