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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O comportamento nosso de todo dia

Creio que para compreendermos o melhor caminho para “ o comportamento nosso de todo dia” precisamos aceitar a nossa necessidade de aprender a aprender. E para tal, reforço a tese de Charlot quando disse “(...) nascer é ingressar em um mundo onde se é obrigado a aprender todo dia.”, e de Freud quando afirmou: “(...) aprendemos por amor a alguém”. Estes são processos que dariam uma excelente discussão, no entanto, apenas os citei, para ilustrar que não se pode negar a importância do processo de construção da aprendizagem no ser humano, uma vez que nascemos completamente dependentes.

Precisamos de relações duradouras com membros de outras gerações por um longo tempo para aprendermos viver (e conviver em sociedade). O fato é que, infelizmente, nesta nova etapa da história, o comportamento vem sendo compreendido de uma forma extremamente egoísta, em que o individualismo e o amor por si mesmo é o que vale como princípio ético. As relações interpessoais são vistas como investimentos e possibilidades de consumo. As “relações duradouras” e a “aprendizagem por amor a alguém” se mostram descartadas. Amar a si mesmo sem um sentimento individualista na compreensão que a vida é um processo de aprendizagem, e, por princípio, dependente, nos possibilita crer que devemos nos tornar independentes o quanto antes, no entanto, devemos lembrar-nos de nossas origens. A auto-estima que desconsidera seu processo de aprendizagem e acredita que tê-la seja amar a si próprio e a mais nada no mundo não traz felicidade. A felicidade vem com o equilíbrio, com a confiança no processo de construção.

Nossa auto-estima depende exclusivamente de nossas escolhas, de nosso entendimento de mundo, como escrevemos as páginas de nossa história, do que aprendemos em nosso dia a dia... “Aprender a aprender” – consiste em aceitar que a vida é um processo de construção em que, de tempo em tempo, devemos parar e analisar como a enxergamos. Victor Hugo compreendeu e nos ajuda nesta análise: “... não há árvores más, nem homens maus. Há maus cultivadores”.

E você, já parou para analisar seu comportamento, suas escolhas, sobre o que tem feito com o que aprende a cada segundo de sua vida? Esse é o primeiro passo para o autoconhecimento e consequente felicidade.


Marli Cordeiro de Andrade
Psicanalista – Psicopedagoga
Cnp-Espo nº 0705-59
marlicapelinha@hotmail.com
Texto publicado na Revista Sou+Minas.Net

2 comentários:

  1. Amiga, estou retribuindo a sua amável visita ao meu humilde cantinho, é sempre uma alegria enorme ver chegar mais uma amiga. Adorei o seu blog, um espaço cuidado e de extremo bom gosto, irei acompanhar com imenso prazer.
    Tenha um maravilhoso Fim-de-semana
    Beijinhos
    Maria

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  2. Obrigada pelo carinho Maria,
    Adoro visitar o seu Blog.
    Será sempre bem vinda por aqui.
    Sucesso Saúde e Paz pra vc
    sempre.

    Abraços

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