"Nesse ponto já não é mais possível
se desviar da verdadeira resposta
para a pergunta
como a gente se torna o que a gente é...
E com isso eu toco a obra-prima
na arte da autopreservação- do egocentrismo...
Assumindo, pois, que a tarefa, a determinação,
o destino da tarefa está
bem acima de uma medida regular,
nenhum perigo seria maior
do que ver a si mesmo, cara a cara,
através dessa tarefa.
Que a gente se torne
o que a gente PRESSUPÕE
que a gente não saiba, nem de longe,
o que a gente é.
A partir desse ponto de vista,
até mesmo as decisões erradas da vida
- os desvios e os descaminhos,
os atrasos, as "modéstias",
a seriedade esbanjada
em tarefas que não fazem parte da tarefa
- têm seu valor e seu sentido peculiar...
Nisso pode chegar a se expressar
uma grande sabedoria,
até mesmo a maior das sabedorias...
(...)seria a receita para o naufrágio,
se-esquecer, não-se-compreender,
se-apequenar, se-estreitar, se-medianizar
acabam se transformando na razão em si.
Expressando moralmente: amor ao próximo,
viver para os outros
e outras coisas pode ser
a medida de defesa
para a manutenção
do mais duro dos EGOCENTRISMOS!"
Nietzsche
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