Uma das nossas maiores dificuldades ainda é entender aquilo que enxergamos. Se é de fato o que vemos, se é o que querem que a gente veja ou se estamos “criando” algo a partir daquilo que vemos. Por isso, precisamos cada vez mais, entender o ser humano que a gente é.
Caso contrário, corremos risco de perder a nossa essência; corremos o risco de perder o brilho de nosso olhar. Precisamos urgentemente separar “quem somos nós” de “quem os outros querem que a gente seja”. Somente assim, conseguiremos enxergar as belezas de cada dia. Não podemos deixar que os insulfilmes colocados propositalmente pelas artimanhas da vida, que cobrem nossos olhos, permitindo e aceitando que sejamos enganados quando nos mostram o que querem que vejamos, nos impeçam de enxergar aquilo que é verdadeiro.
Nossa atenção deve ser contínua. As mudanças constantes deste mundo globalizado exigem de nós rapidez. Mas, não obtém sucesso quem chega primeiro, e sim quem vai além do esperado. E somente vai longe quem sabe olhar onde pisa. Enxergar as possíveis conseqüências e administrá-las antes que vire problema. Devemos nos orgulhar quando conseguimos diferenciar o que estão nos mostrando daquilo que de fato existe para ser visto.
Quem tem um olhar apurado enxerga o que vê e não apenas vê o que está sendo apontado na direção dos olhos. Que estejamos atentos para transformar tudo aquilo que vemos em possibilidades de crescimento interno: ver – analisar – concluir – decidir – agir – dormir em paz – acordar tranquilo... E, assim, continuar o ciclo da vida sem arrependimentos e culpas por termos sido displicentes na hora de decidir sobre aquilo que está diante dos nossos olhos.
Marli Cordeiro de Andrade
Psicopedagoga – Psicanalista
CNP – ESPO nº 0705-59
www.marliandradepsicanalista.blogspot.com
artigo publicado na RevistaSou+Minas.Net em março/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário